Semicondutores
Os semicondutores são
conhecidos como materiais que apresentam propriedades de condução elétrica
intermediária entre aquelas aos isolantes e aos condutores.
A característica mais
interessante do material semicondutor, e que o torna atrativo do ponto de vista
da fabricação de componentes eletrônicos, é a possibilidade de se poder variar
substancialmente sua condutividade elétrica pela alteração controlada de sua
composição química ou estrutura cristalina. Essa característica atribuída aos
semicondutores se dá através de um processor denominado: dopagem. A dopagem
pode ser então definida, como um método de adição de pequenas quantidades de
átomos de “impurezas” ao semicondutor, podendo este assim ter sua resistividade
controlada.Um exemplo de semicondutor amplamente utilizado é o silício, que possui uma resistividade tão alta que se comporta como um isolante e, portanto, não tem muita utilidade em circuitos eletrônicos. Na tabela abaixo é possível perceber o quanto a dopagem pode interferir nos valores obtidos referente a resistividade.
MATERIAL
|
RESISTIVIDADE
(Ω.m)
|
Silício
puro
|
2,5 x
103
|
Silíciob
tipo n
|
8,7 x
10-4
|
Silícioc
tipo p
|
2,8 x
10-3
|
cSilício dopado com 1023 m-3 de alumínio
Um exemplo típico de
elemento químico que pode formar materiais exibindo características elétricas
distintas é o carbono. Dependendo da forma com que os átomos de carbono se
interligam, o material formado pode tornar-se um isolante ou um semicondutor:
Diamante: uma das formas
naturais de matéria formada por átomos de carbono arranjados ordenadamente em
uma estrutura cristalina (eletricamente isolante).Grafite: os átomos de carbono podem também arranjar-se naturalmente em uma estrutura amorfa ou não cristalina, dando origem a um material semicondutor.
Semicondutores: http://www.feg.unesp.br/~jmarcelo/restrito/arquivos_downloads/apostilas/eb2/semicondut_v1.pdf
Por que o grafite conduz a corrente
elétrica e o diamante não?
O
diamante e o grafite são variedades alotrópicas naturais do elemento químico
carbono. Porém, esses dois materiais possuem características e propriedades
distintas. Uma diferença mais destacada entre o
grafite e o diamante é o fato de o grafite conduzir corrente elétrica (e até
ser usado como eletrodo em algumas reações de oxirredução, como em eletrólises)
e o diamante não.
Como eles podem ser tão diferentes se ambos são
feitos somente de carbono? E o que explica o fato de o grafite conduzir
corrente elétrica e o diamante não?
A resposta está no tipo de ligação existente entre
os carbonos e no arranjo cristalino dos átomos no espaço.No caso do grafite, os átomos de carbono formam anéis hexagonais contidos num mesmo espaço plano, formando lâminas que se mantêm juntas por forças de atração mútua. Essas lâminas se sobrepõem umas às outras, permitindo uma espécie de deslizamento ou deslocamento dos planos. Isso explica por que o grafite possui pouca dureza, pois essa propriedade facilita o desgaste do sólido. Em virtude dessa propriedade, o grafite é usado como lubrificante em engrenagens e rolamentos. Veja a seguir a sua estrutura:
Observe os anéis hexagonais formados. Neles está a
resposta de por que o grafite conduz eletricidade: nos anéis hexagonais existem
duplas ligações, ou ligações pi, conjugadas, que permitem a migração dos elétrons.
Além disso, os carbonos assumem uma hibridização sp2 (plana),
formando, como já dito, folhas superpostas como "colmeias", isto é,
que estão paralelas; e ligações em planos diferentes, que são mais fracas,
permitindo a movimentação de elétrons entre os planos, ou seja, ocorre a transferência
da eletricidade.
Já no caso do diamante, cada átomo de carbono está
ligado a outros quatro átomos desse mesmo elemento químico, não contidos em um
mesmo plano:
Outro ponto é que, visto que o diamante tem uma estrutura
com poucas falhas e muito bem "amarrada", por assim dizer, ele conduz
a energia cinética – expressa pelo calor – com uma velocidade muito alta; por
isso, ele é um bom condutor térmico e mal condutor elétrico.
Fonte: http://www.mundoeducacao.com/quimica/por-que-grafite-conduz-corrente-eletrica-diamante-nao.htm
Supercondutividade
O fenômeno da supercondutividade foi descoberto em 1911
por Kammerlingh Onnes, em Leiden, Holanda. Ele foi o primeiro a conseguir a
liquefação do gás hélio, que acontece em 4,2 K (aproximadamente -268 °C). Onnes
estava pesquisando as propriedades de diversos metais em temperaturas extremamente
baixas, colocando o material no banho de hélio líqüido. A descoberta da
supercondutividade aconteceu por acaso, quando, em um desses experimentos, Onnes
observou que a resistência do metal mercúrio caía inesperadamente a zero perto
da temperatura de 4 K. Com essa descoberta, uma nova classe de condutores foi
desenvolvida: os materiais supercondutores. A supercondutividade se converteria
assim em um dos fenômenos físicos mais fascinantes e desafiadores do século XX.
Kammerlingh Onnes ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1913.
Até
pouco mais de uma década atrás, a supercondutividade ocorria apenas em
temperaturas muito baixas, da ordem de 25 K (ou -248 °C). Entretanto, a descoberta
de novos materiais supercondutores, como os óxidos cerâmicos, os fullerenos, os
borocarbetos e o composto intermetálico MgB2, tem despertado um enorme
interesse na comunidade científica mundial, em razão do seu potencial
tecnológico em termos de dispositivos (máquinas, sensores, detectores etc.) e
pela contribuição que a compreensão dos seus mecanismos poderá trazer no campo
da física básica.
Um
material supercondutor é aquele que apresenta, simultaneamente, duas
propriedades: baixíssima (quase nula) resistência à passagem de corrente
elétrica e diamagnetismo perfeito.
Aplicações
As aplicações
tecnológicas dos materiais supercondutores estão relacionadas basicamente com
as quatro vantagens que eles têm sobre os condutores normais:
• conduzem eletricidade
sem perda de energia, permitindo assim criar mecanismos com rendimentos
extraordinários;
• não dissipam calor,
implicando na redução expressiva dos circuitos elétricos;
• têm grande capacidade
de gerar campos magnéticos muito intensos;
As aplicações mais fascinantes dos supercondutores podem
ser agrupadas em dois tipos: pequena e grande escala. Muitas dessas aplicações
estão relacionadas com equipamentos que utilizam altos valores de campo
magnético. No primeiro grupo estão as aplicações em biomedicina, metrologia,
geofísica, processamento digital e dispositivos (sensores e detectores). No
segundo grupo, o de aplicações em grande escala, encontramos magnetos
multifilamentares para diversas aplicações em física de altas energias, imagens
por ressonância magnética (MRI), reatores de fusão nuclear, geradores de
magnetohidrodinâmica (MHD), usinas de armazenamento de energia e magnetos para
separação magnética. Há importantes aplicações sendo desenvolvidas em termos de
máquinas, motores elétricos e cabos/linhas de transmissão. Entretanto, as
aplicações da supercondutividade que mais estimulam a nossa imaginação com o
seu fascínio são aquelas relacionadas com veículos que levitam, como por
exemplo, o trem chamado de MAGLEV (da sigla em inglês magnetic levitation).
Na seção vídeos, vocês encontram um vídeo superinteressante sobre
a supercondutividade. O vídeo refere-se ao efeito
Meissner, levitação e suspensão magmática e o aprisionamento das linhas de
fluxo magnético de uma maneira surpreendente. Confiram!
Fonte:
O fascinante mundo
dos materiais supercondutores: http://www.univerciencia.ufscar.br/n_2_a1/super.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário